Olá pessoal, essa é a segunda parte das entrevistas realizadas durante o Encontro Nacional dos Estudantes de Química (ENEQUI), ocorrido na Universidade de São Paulo (USP) e que reuniu estudantes de todo o Brasil. O encontro contou com palestras interdisciplinares, minicursos e mesas redondas transmitindo e debatendo a química e a ciência brasileira e do mundo.
Aproveitando a vinda dos estudantes nordestinos a São Paulo, tive uma conversa com dois estudantes de Química, L. Ferreira, estudante de Licenciatura em Química da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e Irisvan Yury, estudante da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Nossa conversa foi sobre a situação e importância da ciência e educação no Brasil e no Nordeste.
Irisvan Yuri é estudante de Química da UFBA, do terceiro período, e fala sobre aspectos práticos da pesquisa e ensino de química.
Qual o ponto positivo da sua Universidade ou curso?
Eu ressalto as vantagens de estudar ciência. Um curso de ciências, possibilita você enxergar o mundo de outra forma, ele abre sua visão para o mundo.
E um ponto negativo?
Se tratando de uma instituição federal onde faltam recursos, temos problemas com laboratórios de ensino em situação precária, com falta de reagentes. Há também a questão da diferença dos incentivos financeiros para o ensino e a pesquisa. Existe uma grande diferença na universidade entre os laboratórios de ensino e pesquisa, quando se trata de pesquisa temos grandes laboratórios, mas os laboratórios de ensino em geral são precários.
Falta apoio ao ensino de ciências em seu estado?
Faltam aulas práticas de química no ensino médio. No ensino médio, a gente não tem uma visão do que é ciência, não temos prática, não vivemos empiricamente o que é ciência, não vivemos a ciência na nossa realidade.
Como incentivar os jovens para as carreiras científicas?
O principal incentivo é fomentar no jovem a curiosidade, mostrar para o jovem que ciência não é aquela coisa ruim e maçante que você não vai usar para nada na sua vida, fazer com que ele veja que a ciência faz parte da vida dele.
Qual a importância da ciência para o desenvolvimento do Nordeste?
A meu ver, a importância da ciência vai além. Eu não diria só para o desenvolvimento da minha região, mas a ciência é de fundamental importância para o desenvolvimento do país. E não adianta termos áreas de aplicação tecnológica sem pesquisa de base.
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