Estado foi selecionado no Programa de Pesquisa Ecológica de Longa Duração, que prevê um monitoramento de pelo menos quatro anos
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) assumiu o compromisso de ser uma das financiadoras de um projeto de pesquisa inédito, o mais ambicioso e sistemático concebido para a região até hoje, através de uma chamada pública voltada à Pesquisa Ecológica de Longa Duração (PELD), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Coordenadoria de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior (Capes) e o British Council.
Até 2020, R$1 milhão deve ser investido no projeto de pesquisa capitaneado pela Universidade Federal de Alagoas, envolvendo 52 pesquisadores e diversas instituições parceiras, federais e internacionais. O aporte do Governo de Alagoas, através da Fapeal, será de R$200 mil, em quatro anos.
Um das participantes é a professora Ana Cláudia Malhado, docente da Ufal e doutora em Ecologia de Ecossistemas e Biogeografia pela Universidade de Oxford, Inglaterra.
Ela explica que o objetivo macro do projeto é “suprir dados e informações que apoiem a gestão da APA Costa dos Corais”, tornando possível pensar os desafios que envolvem questões como a atividade pesqueira e ecoturismo, na busca por respostas que garantam a sustentabilidade ecológica em suas relações com a sustentabilidade socioeconômica e cultural.
Um novo caminho
O diretor executivo de CT&I da Fapeal, João Vicente Lima explica que o PELD está em sintonia com um programa internacional para pesquisa e monitoramento de grandes patrimônios ecológicos mundo afora. “Então o Brasil entrou nesta grande rede mundial com o comprometimento de cuidar dos seus sítios ecológicos complexos”, observa.
O gestor explica ainda que os editais lançados pelo CNPq em parceria com as FAPs são o meio de operacionalizar este grande objetivo: “A Fapeal entra como co-financiadora e facilitadora local. Um estado com tantas riquezas naturais e ecológicas como Alagoas não poderia ficar de fora”, observa.
Ela ainda acrescenta que o grupo de pesquisa da Ufal teve que passar por um filtro duro, numa competição baseada estritamente no mérito. O projeto coordenado pelos professores Richard Ladle e Nidia Fabré concorreu com 168 propostas e obteve nota de 9.6, ficando na 18º posição entre os 32 aprovados.
“Agora, a gente tem a satisfação de dizer que Alagoas tem um grupo de pesquisa de alto nível nesse campo, que vai fazer ações com o incentivo da Fapeal, em um arranjo muito celebrado pelas agencias federais de apoio à pesquisa. Isso realmente é uma grande novidade para nós”, comemora o professor João Vicente.
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