Solução foi desenvolvida pelo IMD/UFRN e já está em atividade no RN
Um sistema capaz de reunir e verificar automaticamente os dados relativos à pandemia de covid-19 oriundos de diferentes fontes, gerando maior qualidade e confiabilidade das informações utilizadas pelas secretarias de saúde do estado no tocante à vigilância epidemiológica. Esse foi o objetivo que guiou a criação do Sistema Unificado de Vigilância Epidemiológica (Suvepi), desenvolvido pelo Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN) em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap). A versão mais robusta e inteligente da solução entrou oficialmente em funcionamento na semana passada.
O Suvepi atua no tratamento e na integração dos dados de três outros sistemas, com funções distintas, mantidos pelo Ministério da Saúde. Trata-se do Esus-VE, que recebe registros de casos leves de Síndrome Gripal (SG), do GAL, que possui as informações dos exames laboratoriais relativos à covid-19, e do Sivep-Gripe, que registra os casos de síndromes respiratórias agudas graves e de óbitos por covid-19. Todos eles são alimentados pelas secretarias de saúde dos municípios e do estado.
Com a capacidade de realizar a coleta dos dados desses três sistemas, o Suvepi também faz a verificação dessas informações de modo, por exemplo, a excluir duplicidades, inconsistências e indicar os casos em que é preciso uma validação mais detalhada por parte dos órgãos de saúde.
“O sistema traz confiabilidade dos dados, validando-os de forma automática e inteligente e os exibindo também de forma consolidada em painéis de indicadores. Isso qualifica a gestão em saúde pública, promovendo confiabilidade da informação e trazendo eficiência e eficácia para o trabalho dos técnicos em saúde do estado, das regionais e dos municípios”, afirma Anderson Cruz, docente do IMD e um dos coordenadores do projeto que criou o Suvepi.
Outro coordenador da iniciativa, o pró-reitor adjunto de extensão universitária da UFRN, Edvaldo Vasconcelos de Carvalho Filho, destaca que o sistema ainda tem uma plataforma de investigação de casos, proporcionando melhores condições para o rastreamento de contato de pessoas contaminadas.
Criado inicialmente para prevenção e combate à pandemia de covid-19 no estado, o Suvepi também deverá ser empregado, no futuro, para reunir dados referentes a outras doenças. “Já chegamos inclusive a iniciar o desenvolvimento do sistema voltado para outros agravos relacionados à vigilância epidemiológica, como é o caso da hanseníase e da tuberculose”, conta Edvaldo Carvalho Filho.
O Suvepi já foi inclusive apresentado a uma equipe do Ministério da Saúde e da Organização Panamericana de Saúde (Opas), que esteve no Rio Grande do Norte para acompanhar ações de combate à covid-19 no estado, tendo recebido elogios de seus membros.
Também fazem parte do projeto que criou o Suvepi os professores João Carlos Xavier e Itamir Barroca Filho, além de sete estudantes bolsistas da UFRN.
Fonte: Ascom – IMD/UFRN
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