A espécie Calea arachnoidea foi descoberta pelo professor Genilson Alves dos Reis e Silva, professor do IFPI
O professor do Campus Valença do Instituto Federal do Piauí (IFPI), Genilson Alves dos Reis e Silva, professor do IFPI, descobriu uma nova espécie de planta ocorrente na Mata Atlântica de Minas Gerais.
A descoberta integra parte dos resultados da sua tese de doutorado defendida no Programa de Pós Graduação em Botânica da Universidade Federal de Viçosa, Minas Gerais.
A espécie Calea arachnoidea G.A. Reis-Silva & J.N. Nakaj. foi publicada na revista internacional Phytotaxa 494(1): 129-136, e é endêmica da região da Vila do Funil no município de Rio Preto em Minas Gerais, na região da Serra Negra, uma importante área de conservação da Mata Atlântica.
A Calea arachnoidea cresce em campos rupestres e matas nebulares em altitudes acima de 1.200 metros. O nome escolhido para o batismo da espécie “arachnoidea” faz referência ao padrão de pelos presentes nas folhas que é semelhante a teia de aranha, e dentro do gênero, é uma característica exclusiva desta espécie.
“A descoberta traz à tona a problemática da necessidade da criação de áreas de conservação permanentes na Mata Atlântica devido ao alto número de endemismos. Soma-se a isso, o fato de que de acordo com as análises de distribuição dos indivíduos conhecidos que esta nova espécie já nasce enquadrada na categoria (CR) criticamente ameaçada. O Brasil é um dos países mega diversos do planeta e muitas espécies correm risco de desaparecer sem que sequer tenham sido conhecidas, portanto, o processo de descrição de uma nova espécie para a ciência é motivo de júbilo para o estudioso de taxonomia, a ciência que identifica, nomeia e classifica espécies biológicas, sendo uma ferramenta imprescindível para o estudo da biodiversidade”, falou Genilson.
Segundo o pesquisador, a partir do conhecimento e da correta identificação das espécies é possível o desenvolvimento de estudos fitoquímicos, farmacológicos e ecológicos para a descoberta de possíveis novas utilizações.
Confira o artigo completo na revista Phytotaxa.
Fonte: Ascom do IFPI
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